4 de outubro de 2019

Livro: Um cara qualquer é finalista do Prêmio Jabuti na categoria Capa

Livro: Um cara qualquer é finalista do Prêmio Jabuti na categoria Capa (imagem divulgação)

O projeto gráfico assinado pela Project Nine para a Primavera Editorial é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2019, na categoria Capa. Conduzido por Francisco Martins, a proposta artística foi criada para traduzir, graficamente, a história de uma violência sexual marcada pela singularidade, estranhamento e inversão de papéis. Um Cara qualquer foi escrito pela premiada atriz norte-americana, Amber Tamblyn e lançado, no Brasil, pela Primavera Editorial.

O projeto do livro Um Cara Qualquer foi desenvolvido com o intuito de interagir com leitor, mantendo um padrão visual como as mensagens trocadas em dispositivos. “Trabalhei com a ideia de tornar simples, algo que é muito complicado. Por abordar o tema violação, a capa precisava representar uma comunicação rápida, segura e eficaz, tomando o cuidado de não ativar possíveis gatilhos emocionais.  O grande diferencial, na minha opinião, reside no efeito de fazer ‘sumir’ uma das palavras do título, fazendo com que o leitor possa se interagir”, detalha Martins, acrescentando que a inspiração veio da frase Nem tudo é o que parece ser. “Com esse start, apresentei a ideia para editora, que embarcou comigo nessa aposta. O resultado foi gratificante e ter o feedback de leitores, afirmando que o projeto faz todo o sentido para o livro, que a narrativa visual ajuda a enriquecer o diálogo e cria pontos de tensão na narrativa, só mostra o quanto o caminho estava certo”, salienta.

Sobre o livro

Romance de estreia da premiada atriz e escritora norte-americana Amber Tamblyn, Um Cara Qualquer (Any Man, título original) é um livro provocativo e brutal. Combina gêneros de poesia, prosa e elementos de suspense para dar forma às narrativas chocantes das vítimas de violência sexual, mapeando as formas destrutivas pelas quais a sociedade contemporânea perpetua a cultura do estupro. O extraordinário é como, com o passar dos anos, essas pessoas aprendem a se curar, unindo-se e encontrando um espaço para levantar as vozes. Com pontos de vistas alternados – e uma assinatura para cada voz e experiência da vítima – as páginas crepitam de emoção que vão do horror à empatia; e tiram o fôlego do leitor. Ousada, a obra pinta um retrato marcante da sobrevivência e é um tributo àqueles que viveram o pesadelo da agressão sexual.

O romance trata do tema agressão sexual de forma singular; uma narrativa que tem causando incômodo a muitos leitores norte-americanos. No livro, o vilão é uma mulher que atinge homens com agressões sexuais tão violentas e perturbadoras que poderiam ter sido arrancadas de um filme de terror. As vítimas do sexo masculino são narradores e mergulham na dor profunda de lidar com as consequências do crime que sofreram. Em entrevista para Stephanie Merry, editora de Booke World do jornal The Washington Post, Amber afirma: “A arte precisa trazer conversas difíceis; eu não tenho dúvidas de que esse livro vai incomodar muita gente, mas estou bem com isso.”

Por traz da escolha de Amber Tamblyn há o desejo de chamar a atenção para um problema que atinge a sociedade como um todo. Há assédio sexual tanto de mulheres quanto de homens; há vítimas e algozes nos dois lados. “E temos que falar sobre o prejuízo humano que envolve essa violência. Pela força da narrativa e relevância do tema, escolhemos esse romance para estrear uma tecnologia de leitura que trará o leitor para dentro da história”, afirma Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial.

Sobre a editora

A Primavera Editorial é uma editora que busca apresentar obras inteligentes, instigantes e acalentadoras para a mulher que busca emancipação social e poder sobre suas escolhas. www.primaveraeditorial.com












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Fonte: Assessoria de Imprensa