Entenda a diferença entre o protetor solar químico e o físico |
Há quem pense que protetor solar “é tudo a mesma coisa”, “protege igual do sol”, “basta escolher um FPS alto”. Pode até ser. Mas o que muitos desconhecem é a diferença entre protetores químicos e físicos. A proteção solar é eficaz em ambos, mas a ação no corpo não se compara. Um deles, com uso a longo prazo, pode causar reações ao organismo e ao meio ambiente.
A médica dermatologista Vanessa Ottoboni, especialista em dermatologia natural e integral, explica que o protetor químico, que é mais antigo e é o caso da grande maioria das marcas em farmácias e supermercados, é absorvido pela pele. Ou seja, as substâncias químicas entram nas células e revertem os raios UVA e UVB do sol lá dentro, através de reações químicas. E várias destas substâncias são nocivas a longo prazo. Já o protetor físico não é absorvido pela pele. Ele forma uma espécie de “filme”, uma camada protetora que reflete os raios solares, como se fosse um espelho.
Ativos químicos
Os protetores químicos são fabricados com alguns ativos. O principal deles é a oxybenzona (ou benzofenona 3). Conforme Vanessa, ele possui baixo custo, por isso é amplamente utilizado pela indústria cosmética. No entanto, ele é altamente prejudicial para o ecossistema marinho, pois causa o branqueamento dos corais, o que prejudica a sua vitalidade e também a reprodução dos fitoplânctons.
E para ser eficiente, a oxybenzona precisa ser associada a outros químicos, como por exemplo, o octocrylene, que pode aumentar a produção de radicais livres na pele; o homosalate (homosalato), que pode gerar alterações nos níveis de estrogênio, androgênio e progesterona no corpo e também auxiliar na absorção de outras substâncias tóxicas; e o octinoxate (ou methoxycinnamate), que tem potencial para causar irritações e alergias, além de alterações hormonais. Sem contar ainda o uso de fragrâncias sintéticas (parfum), parabenos, BHT e petrolatos (óleo mineral e parafina, que são derivados de petróleo), potenciais causadores de alergias.
Todos estes componentes, principalmente unidos num só produto, explica a dermatologista, são como uma “bomba relógio”. Embora sejam de uso permitido, eles possuem potencial de disruptor endócrino, ou seja, acumulados no corpo por um tempo geram alteração na cascata hormonal. O que isso significa? A possibilidade de aumento no índice de puberdade precoce, infertilidade, desordens de tireóide, obesidade, diabetes, doenças neurológicas e até câncer. Sem contar os malefícios ao meio ambiente, como o branqueamento e morte dos corais, como a médica explicou anteriormente.
Proteção natural e altamente eficiente
Os protetores naturais, por serem físicos, podem durar até três horas na pele, ou seja, mais tempo que os químicos, que geralmente sugerem a reaplicação em até duas horas. Porém, como qualquer protetor solar, necessitam reaplicação logo após longos períodos de imersão na água ou suor excessivo.
Entre as fabricantes de protetores naturais está a paranaense BioBio. Todos os produtos da marca são fabricados sem nada químico na composição. Com isso, o Protetor Solar Facial Físico Mineral Sunnature FPS30 da Bio Bio forma uma barreira física na pele e impede a entrada dos raios UVA e UVB. Eles são basicamente formulados com óxido de zinco e óxido de titânio, que refletem a luz.
Com toque seco e aveludado, é indicado para todos os tipos de pele e crianças a partir de seis meses, pois não causa irritações e acúmulo de substâncias nocivas no organismo. Ainda hidrata, evita flacidez e surgimento de manchas. Ou seja, é um produto multifuncional, que economiza tempo de skincare, já que o tempo é valioso e escasso para muitas pessoas. Em poucos passos é possível cuidar da pele de forma eficiente.
"É preciso considerar os cosméticos naturais como um tratamento não só para o corpo, mas também para a mente. Em substituição às fragrâncias sintéticas, muito comuns em protetores solares químicos e cremes anti idade, que podem dar alergia, os cosméticos naturais usam os óleos essenciais", explica o Head de Operações da BioBio, Thiago Pissaia.
Além do “cheirinho” natural, os óleos essenciais trazem diversas propriedades de tratamento, como por exemplo, combatem de forma natural a oleosidade e a acne. Ou ainda, ajudam na saúde mental e no bem-estar pois, quando inalados, provocam uma reação no cérebro que leva a sensações diversas, como relaxamento, energia, foco, entre outros benefícios.
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